A distorção cognitiva é o nome feio que damos às desculpas esfarrapadas, para justificar o que queremos e fazemos. 

 

Você já parou para pensar que mesmo querendo fazer uma coisa boa para si, por exemplo exercício físico – você sabe que é inegável os benefícios à saúde e mesmo assim, não tem a mínima vontade de fazer. Fica repetindo o incrível [IRONIA] argumento  – Eu não SINTO vontade; Eu apenas não QUERO. Estou usando exercício como exemplo, mas serve para qualquer coisa.

 

O problema não é o que sentimos ou o que queremos, é usar isso como pressuposto do comportamento. Vou explicar melhor. 

 

Vamos supor que você está com diabetes, hipertensão e sobrepeso. Uma mudança de rotina é fundamental para melhorar a sua qualidade de vida, o que inclui mudar a alimentação e fazer exercícios. Não tem como fugir disso, faz parte do tratamento. E nem estou falando para resolver pontualmente a pressão alta, regular o nível de glicemia ou diminuir o peso por uma questão estética. Embora, seja fundamental e super importante.

Retomando o exemplo – você precisa mudar alguns hábitos e mesmo assim não faz, porque não quer e/ou não sente vontade. Normalmente fica achando ruim a sua atual condição, porém não faz de fato nada concreto para mudar isso. Pois continua pensando que não sente vontade e não quer. 

 

A distorção cognitiva está justamente aí, em determinar o comportamento apenas tendo como referência o que se sente e o que se quer. Porque acreditamos que fazer algo contrário às emoções seria ruim, pois não estaria se respeitando/aceitando. Só que, na verdade, é isso que te libertaria.

 

Fazemos diversos movimentos que são falsos modos de autocuidado e atenção a sua saúde e bem-estar. Mas, além do movimento, temos que ter ação. Realizar de fato algo concreto e coerente aos nossos valores.

 

Parar de aceitar as desculpas e de viver uma vida tão reduzida perto das possibilidades que se tem de verdade, essa é uma das maiores belezas da inteligência emocional. Que não te prende em pretensas ideias cômodas, porém proporciona uma verdadeira aceitação do seu potencial.