Pode-se viver condenado por crimes sem ao menos saber do que se foi acusado.

 

Há internamente um juiz extremamente rigoroso em relação às regras. Esse juiz é a crença, é ela que estabelece o que posso ou não posso fazer, se sou capaz ou não, se sou desejado ou rejeitado. A crença define o conceito que tenho de mim mesmo. 

 

Trazendo isso para a prática primeiro de modo muito simplório. As crenças populares – acreditava-se que não podia comer e tomar banho logo em seguida, senão teria um mal estar. Essa crença popular acabava por determinar os comportamentos, fazendo quem acreditava não realizar tal atividade. 

 

Agora a crença individual, o conceito que tem de si mesmo – A crença “Eu sou incapaz”, por exemplo, expressa um conceito, uma definição que foi dada de si mesmo. Então a sua vida começou a ser estruturada de acordo com essa crença. Só que imagine que quando isso acontece há um viés de confirmação da crença.

Tudo que você pensar, fazer e sentir vai ser a partir da ótica da crença, então a crença sempre será reafirmada para a própria pessoa e por isso vai fazer sentido para ela. 

 

As crenças são implícitas/inconscientes, ou seja, elas não são racionalizadas e percebidas pelo indivíduo. Daí vem a frase inicial – Vive-se condenado por um crime sem saber do que se é acusado. 

 

Isso significa que essas crenças condenam nossas vidas, nos aprisionam em autoconceitos que determinam os nossos comportamentos, pensamentos e por consequências refletem em nossa resposta emocional que por fim vai reforçar todo o ciclo vicioso em que se aprisiona. 

 

Ter consciência do problema é o primeiro passo para resolvê-lo. As crenças são os juízes, eles nos condenam ao inferno ou ao paraíso de acordo com o que damos a eles de provas.